A história é antiga, mas permanece inspiradora: o protesto de Julia Butterfly só terminou no dia em que conseguiu um documento legal, assinado pela madeireira que tinha Luna na lista de árvores a serem derrubadas, dizendo que nem ela e nem outra árvore a sua volta seriam cortadas.
Tudo aconteceu no bosque da cidade de Stafford, na Califórnia, Estados Unidos, e a jovem, na altura com 23 anos, teve de sofrer para ganhar a batalha. Julia comia graças à ajuda de uma pequena equipe e tinha pouco mais do que um fogareiro, uma bolsa hermética para fazer suas necessidades e uma esponja com a qual, com a água da chuva, se lavava.
Além disso, pequenos painéis solares permitiam que carregasse seu celular e se mantivesse em contato com o mundo, não só dando entrevistas para chamar a atenção da comunidade internacional, como para se manter a par das negociações. Isto tudo a 50 metros do chão, numa plataforma de cerca de 3 metros quadrados com uma lona impermeável, para a proteger da chuva.
Em dezembro de 1999, já com 25 anos, ela finalmente desceu, deixando um legado incrível para o resto da humanidade.