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Madeira sintética, com plástico 100% reciclado

Há 3 anos, empresário começou a trabalhar com o mercado sustentável. Ele investiu R$ 2 milhões para estruturar a fábrica e comprar equipamentos.

Tendência de bons negócios para 2012, empresas desenvolvem, cada vez mais, soluções para preservar o meio ambiente e gerar bons lucros. É o caso do piso de madeira sintética, feito com plástico 100% reciclado. Uma madeira que não solta farpas, não absorve umidade, nem retém fungos ou cupim. Além disso, é prática e fácil de limpar. A madeira sintética é bem parecida com a natural. Seja na cor, no peso e na beleza.

A empresa de Carlos Ristum, em Guarulhos, na Grande São Paulo fabrica a madeira feita com plástico 100% reciclado. Há 3 anos, o empresário começou a trabalhar com o mercado sustentável. Ele investiu R$ 2 milhões para estruturar a fábrica e comprar equipamentos. De 2009 para cá foi um trabalho árduo, um trabalho de investimentos constantes, mas sobretudo de acreditar num negócio que deveria prosperar, como tem se mostrado até o presente momento.

A madeira sintética é feita em dois padrões: placas com 10 ou 15 centímetros de espessura. A produção é feita em um galpão, onde trabalham 12 funcionários. O material que vai ser reciclado chega de ONGs e de empresas que fazem a coleta e a separação do plástico. Por mês, são 40 toneladas, a maior parte é de embalagens de doces, salgadinhos, e até sacos de lixo.

Todo o plástico usado reciclado vai para máquinas gigantes. Primeiro o material segue na esteira. Depois, é processado a uma temperatura de 120 graus. Aí, o plástico derretido recebe pigmentos. "Tem um tratamento de superfície que se chama metalização, vai a pintura e depois tem um colter, que é um verniz. Tudo isso somado forma como se fosse uma pele humana. Mas ele dá uma resistência, porque são vários componentes. Ele forma como se fosse fibras depois, é o caso de um bambu, uma taquara", diz Roberto Caleffi, gerente industrial.

Para ganhar forma, o plástico líquido vai para as injetoras. Por fim, o material é resfriado e ganha acabamento. Na fábrica, as peças passam por um rigoroso controle de qualidade. "Ela é quatro vezes superior a resistência da madeira. (...) Ela aceita todas as ferramentas que são utilizadas na madeira, como serra, pregos, parafusos, tintas, qualquer outro material que é aplicado na madeira, também é aplicado no nosso produto", diz o empresário Carlos Ristum.

Reciclar significa menos lixo no meio ambiente e economia de energia. Uma solução inteligente para baratear o processo de produção nas empresas. Mas, no Brasil poucas indústrias já aderiram à reciclagem. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química, só 15% de todo plástico produzido no país são reaproveitados.

A empresa de Ristum vende o produto para todo país e fatura R$ 600 mil por ano.

O metro da madeira sintética custa, em média, R$ 120. O preço ainda é salgado se comparado ao da madeira natural. Cerca de 50% mais caro. Mas quem opta pelo produto ganha na durabilidade. O material é bem mais resistente à ação do tempo. "Nós percebemos que realmente o cliente usa e volta a usar, pela facilidade da manutenção do produto, e pela economia que vai demonstrar ter ao longo do tempo", diz o empresário.

A madeira plástica substitui a utilização da madeira natural na fabricação de portões, móveis, pisos e revestimentos.

Com a boa aceitação do produto no mercado, para 2012 o empresário já traçou uma meta, aumentar, e muito, a produção. "Nós já temos uma amostra dos últimos dois meses que a gente vem em uma crescente, então nós acreditamos muito que 2012 vai nos proporcionar o dobro, do que nós conseguimos fazer esse ano", diz.

Sugestão do Dia: Plante, agora mais do que nunca, um dia param de derrubar.

Lã multiuso

Tecelagem italiana muda o foco e produz fio para absorver manchas de óleo no mar

Editora Globo
crédito: Ricardo Toscani

A lã produzida na Itália, conhecida por fazer alguns dos ternos mais elegantes do mundo, vai também ajudar a limpar manchas de óleo no mar. É que os donos de uma tecelagem italiana perceberam que o tecido que produzem para roupas também tem utilidade para diminuir o estrago dos vazamentos de petróleo. Foi depois de acompanhar o grande acidente de 2010 com a British Petroleum no Golfo do México, que os 3 irmãos que comandam a empresa de engenharia Tecnomeccanica Biellese, instalada em Biella (terra da grife Ermenegildo Zegna), resolveram fazer testes com sua lã. Aproveitando a experiência na criação de máquinas para as indústrias do ramo, eles desenvolveram um protótipo capaz de absorver óleo em grandes quantidades. E já têm um primeiro cliente. "Uma grande empresa petroleira do Kuwait já fez a primeira encomenda, que vai ser entregue em meados de 2012", diz Mario Ploner, um dos sócios. Toda lã absorve óleo e repele água, características importantes em caso de vazamentos no mar. O desafio da empresa foi basicamente criar uma versão mais resistente do que a usada nos ternos finos. Para isso usaram lã bruta, de fios bem grossos e sem o tratamento que a transforma em tecido para roupas. "Aplicamos alguns poucos produtos químicos e chegamos a um modelo capaz de absorver 10 vezes o seu peso em petróleo", afirma Ploner. Melhor ainda: ela é reutilizável — basta espremer a massa de lã para que o óleo saia. Para conter um vazamento do tamanho do que poluiu o Golfo do México, seriam necessárias 10 mil toneladas do tecido.

Fonte: Revista Galileu

Lindas brasileiras

Orquidea Roxa Orchidaceae Asparagales