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no clima

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A Conferência das Partes (COP) foi instituída aquando da adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas em 1992. Ela reúne todas as partes na Convenção, ou seja, os 195 países que a ratificaram e a União Europeia.

Todos os anos, a conferência decorre rotativamente em um dos países dos cinco grupos regionais da Organização das Nações Unidas para fazer um balanço sobre a aplicação da Convenção, adotar decisões que definam melhor as regras estabelecidas e negociar novos compromissos. Em 2015, a presidência da conferência regressa a França que se candidatou para a zona da Europa Ocidental.

A conferência foi preparada, de maneira inédita, com a presidência peruana da COP20 e em estreita associação com a sociedade civil. A conferência terá lugar em Le Bourget de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015. Com 196 partes, 40.000 participantes e cerca de 3.000 jornalistas, a COP 21 será exemplar no respeito das normas em matéria de qualidade ambiental.

O objetivo dessa conferência, ambicioso mas necessário, é limitar os efeitos das alterações climáticas a 2°C. A França fez da luta contra as alterações climáticas a sua grande causa nacional para o ano 2015.

“Ao longo do ano, nós iremos, com todos os países do mundo, trabalhar para alcançar – esperamos -, no mês de dezembro desse ano em Paris, o primeiro acordo universal sobre o clima. A realização é muito complicada, pois é necessário que cada país se comprometa, a começar pelos países mais poluidores, mas é absolutamente indispensável.” relembrou o ministro dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento Internacional.

No encerramento da 3ª Conferência Ambiental do quinquênio, o Primeiro-Ministro tinha declarado a luta contra as alterações climáticas a Grande Causa nacional para 2015.

bom sinal

A tecnologia de transmissão de dados conhecida como Wifi pode estar com os dias contados. É que a Estonia Velmenni, empresa de tecnologia, tem testado um novo tipo de conexão capaz de transmitir informações 100 vezes mais rápido do que a atual. Os testes com a LiFi, abreviação de Light Fidelity, nome dado à nova tecnologia, acontecem na Universidade de Oxford e demostram a capacidade de enviar até 22GB por segundo. O sistema é capaz de captar variações de luz em nanossegundos, ou seja, imperceptíveis ao olho humano.

Um dos criadores do LiFi já tinha demonstrado que era possível transmitir mais dados com um Led do que através do telefone. A nova tecnologia usa ondas de luz e utiliza semicondutores capazes de emitir a luz a medida que os dados são transmitidos. O LiFi foi levado ao público em 2012, quando permitiu que dois smartphones, separados por dez metros de distância, compartilhassem arquivos através da alteração de intensidade de luz. A experiência apontou ainda que a Light Fidelity pode ser utilizada até dentro de aviões, não interferindo nos sistemas do mesmo. Cada lâmpada é capaz de oferecer conexão para quatro computadores. O principal ponto fraco do LiFi é que a tecnologia não consegue atravessar paredes, o que pode dificultar com que a nova tecnologia seja aplicada nas residências com a mesma eficiência do WiFi.

Internet poderá ser conectada através da luz emitida por lâmpadas de LED

Em 2013, um docente da Universidade de Shangai, na China, conseguiu manter quatro computadores ligados a uma lâmpada de LED de 150 Mbps. Na Alemanha, os pesquisadores conseguiram manter dois computadores, afastados a dois metros, numa velocidade de 500 Mbps. A velocidade caiu para 100 Mbps, quando a distância foi aumentada para 20 metros.

Acredita-se que a nova tecnologia não tomara por completo o lugar do WiFi, já que os dois sistemas poderão ser empregados de forma a tornar as comunicações de dados mais protegidas de ataques cibernéticos. A verdade é que grandes fabricantes do ramo de eletroeletrônicos já estão interessadas em adaptar seus devices para a transmissão pela luz. Outra diferença é que o WiFi precisa de antenas, receptores e equipamentos de rádio para funcionar, já o LiFi emprega raios infravermelhos, tecnologia semelhante a utilizada nos controle remotos de televisão e outros equipamentos.

A ideia é de que a nova forma de transmissão de dados esteja disponível a partir de 2018 e seja aplicada em atividades militares, automóveis e também no transporte coletivo. Ela poderá estar presente também em locais onde seja difícil a colocação de cabos de comunicação. 
BBC