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Quatro neurocientistas divulgaram um manifesto em defesa da maconha. De acordo com os signatários, a planta Cannabis Sativa, usada há séculos "de forma recreativa, religiosa e medicinal", tem mecanismos em potencial para ser explorada pela ciência.

Segundo o texto, "na década de 1990, pesquisadores identificaram receptores capazes de responder ao tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo da maconha, na superfície das células do cérebro. Essa descoberta revelou que substâncias muito semelhantes existem naturalmente em nosso organismo, permitiu avaliar em detalhes seus efeitos terapêuticos e abriu perspectivas para o tratamento da obesidade, esclerose múltipla, doença de Parkinson, ansiedade, depressão, dor crônica, alcoolismo, epilepsia, dependência de nicotina etc."

O uso dos canabinoides pela ciência, inclusive para a sobrevivência de células-tronco, será tema de painéis do próximo congresso da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), que acontece em setembro, em Minas Gerais. Mas os diretores da associação resolveram antecipar parcialmente as conclusões de seus estudos no manifesto, criado em defesa do músico Pedro Caetano, preso por cultivar pés de maconha em sua casa, em Niterói.

Amigo de Pedro, Stevens Rehen, diretor da SBNec, ressalta que uma lei federal de 2006 veta a prisão pelo cultivo de maconha para consumo pessoal. A medida, considerada um avanço pelo neurocientista, é obscurecida por buracos do texto. Não há definições formais sobre quem seriam os traficantes e os usuários.

Além de Rehen, assinam o manifesto outros dois diretores da SBNec - Cecília Hedin-Pereira e Sidarta Ribeiro -, além do pesquisador da UFRJ João Menezes