POR UM PLANETA CONSCIENTE E VIVO


grafiticante

blu-bolonha-6
Como protesto contra os ricos e poderosos que tomam para si a arte de rua fora das ruas, Blu está apagando, todos os seus murais em Bolonha.
A atitude do artista nasceu com a polêmica a exposição “Street Art: Banksy & Co. – L´Arte allo Stato Urbano”, com abertura no próximo dia 18, que irá contar a evolução da arte de rua na Bolonha pelo professor Fabio Roversi-Monaco, presidente da Genus Bononiae, e mais um grupo de pessoas que trabalha na fundação.

blu-bolonha-5
“Depois de ter denunciado e criminalizado o graffiti como vandalismo, depois de ter oprimido a cultura que o criou, após ter evacuado os locais que funcionavam como laboratórios para os artistas, agora a Bolonha quer se apoderar e posar como os salvadores da arte de rua”.

Para evitar que este tour guiado entre as obras de vários artistas de rua valorize a venda de imóveis para endinheirados, Blu está removendo, com a ajuda de seus amigos do XM24 do coletivo Crash, e um grupo de voluntários, todos os seus murais públicos na cidade italiana. Algumas de suas obras, têm mais de 20 anos de existência.

blu-bolonha-3
Há alguns anos, Blu já tinha apagado um de seus murais em Berlim, quando percebeu que corretores imobiliários estavam usando seu material para vender condomínios. Na cidade alemã, foi um mural. Desta vez, é cada um de seus murais em uma cidade inteira.
blu-bolonha
Remover toda sua arte, que estaria no roteiro de visitas desta exposição, faz com que a importância e trabalho da curadoria do evento, perca sua força. E faz todo o sentido. Afinal, a arte de Blu é completamente anti-estatal, anti-bancos, anti-capitalista.
blu-bolonha-2
blu-bolonha-4
blu-bolonha-7
blu-bolonha-8
Em seu blog, Blu escreveu uma breve declaração sobre seu ato: “Em Bolonha, não há mais Blu, e não haverá enquanto tiver especulação magnata [em arte de rua]. Para confirmações ou reclamações, você sabe quem contatar”.
ideiafixa

coisas de Gaia

Os primeiros resultados dos três satélites Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA) revelam as mais recentes mudanças no campo magnético que protege o nosso planeta.

Lançado em novembro de 2013, Swarm está fornecendo informações sem precedentes sobre o complexo funcionamento do campo magnético da Terra, o que nos protege da radiação cósmica e das partículas carregadas que nos bombardeiam diariamente.

Medições feitas ao longo dos últimos seis meses confirmam a tendência geral de enfraquecimento do campo magnético da Terra, com as quedas mais dramáticas sobre o Hemisfério Ocidental. Já em outras áreas, como a região sul do Oceano Índico, o campo magnético tem se fortalecido.

As últimas medições confirmam também o movimento do polo norte magnético para a Sibéria.

Estas modificações são baseadas nos sinais magnéticos provenientes do núcleo da Terra. Nos próximos meses, os cientistas vão analisar os dados sobre os grandes contribuidores do campo magnético terrestre, como o manto, a crosta, os oceanos, a ionosfera e a magnetosfera.

O campo magnético é fraco por aqui

Dados de junho de 2014 mostram intensidade do campo magnético da superfície da Terra.
Créditos: ESA / DTU Space

A região do Brasil que é mostrada em azul no mapa, representa a Anomalia do Atlântico Sul(AMAS). Essa anomalia ocorre devido a uma depressão ou achatamento nas linhas do campo magnético da Terra acima dessa região. A AMAS foi descoberta em 1958, e sofre alterações frequentemente.

Por conta do campo magnético ser mais fraco na região em azul (acima do Brasil), partículas carregadas se aproximam mais da alta atmosfera dessa região, e por conta disso, os níveis de radiação são mais elevados nesse perímetro.

Na superfície os efeitos são insignificantes, segundo os cientistas. Já em grandes altitudes, aAnomalia do Atlântico Sul causa efeitos radioativos em satélites e espaçonaves.

Satélites Swarm (conhecidos como constelação Swarm) orbitando a Terra.
Créditos: ESA / AOES Medialab
Os satélites que passam acima do Brasil, principalmente acima da região sudeste do país, enfrentam fortes rajadas de radiação cósmica, e por isso, necessitam de proteções especiais.


Conclusão

Esses estudos deverão proporcionar uma nova visão sobre muitos processos naturais, desde aqueles que ocorrem dentro do nosso planeta até a meteorologia espacial, que é desencadeada pela atividade solar. Tudo isso deverá produzir uma melhor compreensão das causas do enfraquecimento do campo magnético da Terra.

Os primeiros resultados desse estudo foram apresentados no Terceiro Encontro de Ciências do Swarm, em Copenhague, Dinamarca.

Fonte: ESA / Swarm