POR UM PLANETA CONSCIENTE E VIVO


grafiticante


by Fintan Magee / para o ESTAU Festival / Estarreja / Portugal

mais vida

Europa foi descoberta em 1610 por Galileu Galilei (Foto: Wikimedia Commons)

A NASA divulgou em nota para a imprensa que, na próxima segunda-feira (26), fará um importante anúncio sobre Europa, uma das luas de Júpiter. Segundo a agência espacial americana, a conferência terá como objetivo apresentar descobertas sobre uma atividade surpreendente no satélite.

"Os astrônomos apresentarão resultados de uma campanha de observação única que descobriu evidências surpreendentes de atividade que pode estar relacionada com a presença dos oceanos subterrâneos em Europa", afirma a NASA.

Em outras ocasiões, a a própria agência afirmou que, tirando a Terra, Europa é o lugar com maior probabilidade de abrigar vida no nosso Sistema Solar. Um estudo publicado em maio no periódico Geophysical Research Letters mostrou que os oceanos de água salgada que ficam abaixo da enorme crosta de gelo do satélite podem ter uma química bem parecida com os terrestres. A partir disso os cientistas argumentaram que é possível que exista hidrogênio e oxigênio em quantidades suficientes para a formação de vida.

“Estamos estudando um oceano alienígena usando métodos para entender o movimento de energia e nutrientes do próprio sistema da Terra”, afirmou Steve Vance, o pesquisador responsável pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, na ocasião. “O ciclo de hidrogênio e oxigênio dos oceanos de Europa serão o grande propulsor de vida por lá, assim com é na Terra.”

Quando o estudo em questão foi publicado, os pesquisadores estavam intrigados com o fato de que, quando comparada com a da Terra, a produção de oxigênio na lua de Júpiter ser dez vezes maior do que a de hidrogênio. O próximo passo da pesquisa na época era descobrir como ocorria a formação de hidrogênio e calor em Europa, dois fatores essenciais para o surgimento da vida. Na Terra, os processos acontecem quando a água salgada do mar penetra nas fissuras do planeta e reage com os minerais de lá.
galileu

velha infancia


by Muhammed Muheisen

morte anunciada



“Agora mesmo estamos decidindo, quase sem querer, quais caminhos evolutivos permanecerão abertos e quais serão fechados para sempre. Nenhuma outra criatura jamais havia feito isso, e será, infelizmente, nosso legado mais duradouro”
Elizabeth Kolbert definiu assim o papel que estão desempenhando os seres humanos em A Sexta Extinção, o livro que ganhou o Prêmio Pulitzer no ano passado. O título é bastante expressivo: nos quase 4 bilhões de anos de história da vida na Terra, ocorreram cinco megaextinções, momentos em que muitos dos seres vivos foram arrastados de repente para a desaparição por vários cataclismos. E agora, segundo todos os dados recolhidos pela ciência, a civilização humana está causando uma nova extinção em massa: somos como o meteorito que dizimou os dinossauros do planeta.

Estamos provocando a agonia de numerosas espécies marinhas e escolhendo as que deixarão de evoluir no futuro

E as criaturas dos oceanos não vão conseguir se livrar. Estamos provocando a agonia de numerosas espécies marinhas e, como dizia Kolbert, escolhendo os seres aquáticos que ao desaparecerem deixarão de evoluir no futuro. A este ritmo, os grandes animais que vão povoar os mares dentro de milhões de anos não serão descendentes de nossas baleias, tubarões e atuns porque estamos matando todos eles para sempre. E do mesmo modo que o desaparecimento dos dinossauros deixou um vazio que demorou eras para ser preenchida pelos mamíferos, não sabemos o que vai ser da vida nos oceanos depois de serem arrasados.

“A eliminação seletiva dos maiores animais nos oceanos modernos, algo sem precedentes na história da vida animal, pode alterar os ecossistemas durante milhões de anos”, conclui um estudo apresentado nesta semana pela revista Science. Liderado por pesquisadores de Stanford, o trabalho mostra como esta sexta extinção está acontecendo com os seres aquáticos de maior tamanho. Um padrão “sem precedentes” no registro das grandes extinções e que com muita segurança acontece por causa da pesca: hoje em dia, quanto maior o animal marinho, maior a probabilidade de se tornar extinto.

O cálculo mais trágico compara essa extinção com o desaparecimento dos dinossauros, como explicado na Science

Como explicou o principal autor do estudo, Jonathan Payne, o nível de perturbação ecológica causada por uma grande extinção depende da percentagem de espécies extintas e da seleção de grupos de espécies que são eliminados. “No caso dos oceanos modernos, a ameaça preferente pelos de maior tamanho poderia resultar em um evento de extinção com um grande impacto ecológico porque os grandes animais tendem a desempenhar um papel importante no ciclo de nutrientes e nas interações da rede alimentar”, disse Payne, referindo-se a que os danos afetariam em cascata todos os ecossistemas marinhos.

Os cenários pessimistas preveem a extinção de 24% a 40% dos gêneros de vertebrados e moluscos marinhos; o cálculo mais trágico é comparável à extinção em massa do fim do Cretáceo, quando os dinossauros desapareceram, como explicado na revista Science.

Para os pesquisadores, é por causa da nossa forma de consumir ecossistemas: ocorreu com a extinção dos mamutes e acontece agora com a pesca

O trabalho deste investigador da Universidade de Stanford e seu grupo foi analisar o padrão de desaparecimento de 2.500 espécies nos últimos milhões de anos. Até agora, o tamanho dos animais marinhos não tinha sido um fator determinante nos cataclismos anteriores, mas nos nossos dias existe uma notável correlação. Para os pesquisadores, é evidente que isso acontece por causa da forma de consumir ecossistemas própria dos seres humanos. Foi o que aconteceu com a extinção dos mamutes e agora acontece com a pesca: cada vez que entramos em um ecossistema primeiro acabamos com os pedaços maiores e à medida que os recursos ficam mais escassos vamos esgotando o resto dos recursos menores.

Os pesquisadores alertam que a eliminação desses animais no topo da cadeia alimentar poderia perturbar o resto da ecologia dos oceanos de forma significativa por, potencialmente, os próximos milhões de anos. “Sem uma mudança dramática na direção atual da gestão dos mares, nossa análise sugere que os oceanos vão sofrer uma extinção em massa de intensidade suficiente e seletividade ecológica para ser incluída entre as grandes extinções”, diz o estudo.

Este paleobiólogo defende que a visão positiva de sua descoberta é que as espécies ameaçadas ainda podem ser salvas da extinção com políticas de gestão eficientes e, a longo prazo, abordando os impactos do aquecimento global e da acidificação dos oceanos. “Podemos evitar esse caminho; com uma gestão adequada, seria possível salvar muitas dessas espécies da extinção”, afirma Payne.
ElPaiz

convite 2


Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Guarantã do Norte irá realiza nos dias 15 e 16 de setembro uma exposição de orquídeas e rosas do deserto.
As mudas serão comercializadas a partir de R$ 10 reais, e o percentual das vendas serão revestidas para a APAE do município.
O local da exposição será no salão de festa da Igreja Matriz de Guarantã, das 08h às 18h30min, não perca, será um show de cores.
(divulgação)

convite


(divulgação)

na fé


(?)

linda

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Cartaz da 32ª Bienal de São Paulo

Sob o título Incerteza Viva [Live Uncertainty], a 32a Bienal de São Paulo busca refletir sobre as atuais condições da vida e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para acolher ou habitar incertezas. A exposição acontece de 07 de setembro a 11 de dezembro de 2016 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, reunindo aproximadamente 90 artistas e coletivos.

grafiticante


by Adrian Avila & Rigo Leon

bem mais antiga

Cientistas australianos revelam a existência de fósseis que datam de ao menos 3,7 bilhões de anos (Foto: Allen Nutman/University of Wollongong/AP)

A vida na Terra se originou 220 milhões de anos antes do que se pensava até agora, indicaram nesta quinta-feira (01) cientistas australianos ao revelar a existência de fósseis que datam de ao menos 3,7 bilhões de anos.
Estas pequenas estruturas, chamadas de estromatólitos, foram encontradas na Groenlândia e emergiram à superfície após o degelo de uma placa no maciço de Isuea, no sudoeste desta grande ilha.
Estes estromatólitos - estruturas fossilizadas "de origem biológica", de 1 a 4 centímetros - demonstram que a vida emergiu pouco depois da formação da Terra (há 4,5 bilhões de anos), destaca o pesquisador Allen Nutman da Universidade de Wollongong.
Acrescenta que isso permite abrigar a esperança de que uma forma muito básica de vida pode, em algum momento, existir no Planeta Marte.
"Esta descoberta representa um novo ponto de referência sobre a mais antiga prova de vida na Terra, afirma o professor Martin Julian Van Kranendonk, especialista geólogo da Universidade de Nova Gales do Sul e um dos coautores do estudo, divulgado na revista Nature.
Esta descoberta pode ajudar na busca de vida básica em Marte, considerado o planeta do sistema solar mais propício para a existência de formas de vida.
"Há 3,7 bilhões de anos, Marte era provavelmente ainda úmido, inclusive com oceanos", explica à AFP Allen Nutman.
"Se a vida se desenvolveu tão rapidamente na Terra, permitindo a formação de coisas como estes estromatólitos, seria mais fácil detectar sinais de vida em Marte".
"Em vez de estudar unicamente a 'assinatura' química do planeta, poderíamos ver nas imagens de Marte coisas como os estromatólitos", explica.
Até hoje, a mais antiga prova de vida na Terra foi descoberta por pesquisadores australianos e canadenses, nas rochas de Strelley Pool Chert, na região Pilbara na Austrália. Tinha 3,5 bilhões de anos.
francepress

na fé


KF

convite



Este domingo, O Som do Algodão regressa ao palco da Feira do Livro do Porto com poemas, sensações e canções para corações em trânsito. 
Às 17 horas com Cantigas Pequeninas
Fadas Verdes e Versos para Embalar o Mar
A entrada é livre no espaço infantil da 
Biblioteca Municipal Almeida Garrett.

predadores do mar


ecogreens

assina


Queridos amigos,

Nossos oceanos estão à beira do colapso. Segundo relatos, vastas áreas consideradas mortas estão se expandindo no Oceano Pacífico. Mas ainda há esperança: no ano passado, quebramos o recorde de áreas marinhas protegidas.

Esta semana será decisiva. Podemos perder a batalha da proteção dos oceanos ou conseguir uma vitória sem precedentes para a conservação. Os cientistas afirmam que conservar 30% dos oceanos seria o suficiente para recuperar o resto, plano que na verdade está na mesa de negociações do Congresso de Conservação Mundial que começa hoje!

Países fortes no lobby da pesca, como o Japão, estão se opondo ao plano, por isso cabe a nós equilibrar essas forças com o poder popular. Este pode ser o momento da virada da maré – vamos enviar um milhão de assinaturas em defesa dos oceanos diretamente para os tomadores de decisão que estarão no Congresso:

Clique aqui para salvar nossos oceanos

Os oceanos fornecem metade do oxigênio que respiramos. Mas a pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão destruindo a fonte de vida de nosso planeta. A menos que façamos alguma coisa agora, a voracidade humana poderá causar a pior extinção em massa dos últimos 55 milhões de anos.

180 governos irão votar no Congresso de Conservação e isso pode definir um padrão global para proteger 30% dos oceanos até 2030. Esta votação não tem poder de lei, mas será a base para um acordo obrigatório que será discutido ainda esse ano.

Em 2015, mais reservas oceânicas foram criadas do que em toda a história após grandes campanhas populares. Sabemos como fazer a nossa voz ser ouvida. Vamos nos unir mais uma vez para que os oceanos não sejam devastados até a última gota:

Clique aqui para salvar nossos oceanos
Cobrindo 71% do nosso planeta e lar de milhares de espécies que ainda nem descobrimos, os oceanos sustentam toda a vida na Terra. Esse é o milagre e a maravilha dos oceanos. Eles são tão resilientes e têm tanta força que podem se curar da destruição causada pelo homem. Mas para isso, precisamos dar ao coração azul de nosso planeta a chance de lutar. E esse é o dom da nossa comunidade, quando unida.

Um abraço com esperança e determinação,

Dalia, Nell, Danny, Lisa, Ari, Diego, Fatima, Alice e toda a equipe da Avaaz

MAIS INFORMAÇÕES:

Preservar oceanos é fundamental para a manutenção da vida em todo o planeta, destaca chefe da ONU (Nações Unidas)
https://nacoesunidas.org/preservar-oceanos-e-fundamental-para-a-manutencao-da-vida-em-todo-o-planeta-destaca-chefe-da-onu/

Havaí recebe esta semana maior congresso sobre proteção da natureza (Zero Hora)
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/08/havai-recebe-esta-semana-maior-congresso-sobre-protecao-da-natureza-7357854.html

Proteger 30% dos oceanos pode trazer muitos benefícios (University of York) (em inglês)
https://www.york.ac.uk/news-and-events/news/2016/research/oceans-conservation-fisheries/

Esperança: um plano viável para salvar os oceanos (National Geographic) (em inglês)
http://voices.nationalgeographic.com/2016/06/08/hope-spots-an-actionable-plan-to-save-the-ocean/

Aumente áreas de proteção para conservação eficaz da biodiversidade marinha (IUCN) (em inglês)
https://portals.iucn.org/congress/motion/053

Obama cria a maior área de proteção do planeta no Havaí (Washington Post) (em inglês)
https://www.washingtonpost.com/politics/obama-to-create-the-largest-protected-place-on-the-planet-off-hawaii/2016/08/25/54ecb632-6aec-11e6-99bf-f0cf3a6449a6_story.html 



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